segunda-feira

D de Distância

De madrugada,observo o tecto que cobre as quatro paredes do meu quarto e dou por mim, em tantos pensamentos. Nem quero acreditar, nas coisas obscenas que surgem na minha mente, nem mesmo das coisas que penso que tu me podes oferecer num futuro prévio. 
São quatro da manhã, e tu, sim tu, percorres-me em todos os movimentos que faço, todos os suores que me aquecem o corpo e todas as aventuras que na minha mente, tu estás presente. Levanto-me, pensando que conseguiria paz e calma, acendo um cigarro e na escuridão da noite aclamo a luz do isqueiro, e dou por mim a inalar o fumo. Observo-o, como se tivesse em bad trip, pensando que conseguiria tirar dos meus pensamentos por algum tempo. Tu acabas sempre por voltar, e eu só quero saber o porquê. Porquê?
Sim porquê que tu, cujo pouca coisa sei, em más horas, entras-te na minha vida e me salvas-te. 
Eu nunca soube o que realmente é a saudade, o que na verdade, a saudade nos faz sentir.Sinto-me inútil, como se fosse impotente. Sinto-me longe. Longe de ti, do teu corpo, do teu toque que por mais incrível que pareça eu nem sequer senti. Absurdo, seria de pensar, que tu não passas de uma pessoa, igual ás outras. Aliás, estupidez seria de pensar que tu, apesar de seres um fantasma, vais ocupando o lugar no meu coração a cada dia, cada noite, cada manhã, a cada palavra. Parece parvo, ou infantil, mas para quem não sente, o que ressuscitas-te em mim, pouca conversa basta. 

  "Neste frio, não queria ninguém que me aquecesse os pés, mas sim o coração. Köszönöm"

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